Bom estado de conservação
Português
GLOBAL - 2003
Livro seminovo, capa comum, encontra-se em bom estado de conservação, contém manchas amareladas na lateral e capa, 14x21, 285 páginas.
Desde a estreia de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, em 1943, o teatro brasileiro não sofria um impacto semelhante ao produzido pelas peças de Plínio Marcos. O teatrólogo santista lançava no palco, sem os filtros e convenções habituais, toda a brutalidade do bas-fond das cidades brasileiras. Assassinos, prostitutas, malandros e desajustados de todos os tipos viviam, diante dos olhos estatelados da plateia, situações de violência extrema e berravam em linguagem chula a sua angústia, a tortura da solidão, a miséria da decadência física, em tom de desafio, mas também na busca desesperada de um sentido para a vida. Será que somos gente? pergunta a prostituta. Através da simplicidade desta pergunta transparece a gravidade e o pathos moral das indagações mais profundas da filosofia" (Anatol Rosenfeld). A pergunta, com outras palavras, foi repetida ao longo de toda a obra do escritor. Sem resposta. Plínio Marcos iniciou a sua carreira teatral em 1958, com Barrela, espetáculo representa do uma única vez, depois de ter sido censurado e liberado, tendo "por destino ser o maior sucesso de escândalo de nosso teatro em todos os tempos e imediatamente proibido durante 21 longos anos", informa Ilka Marinho Zanotto no prefácio do livro.
TEATRO